Páginas

HISTORIA DA RADIOLOGIA

INTRODUÇÃO
Em 8 de novembro de 1895, um professor de Física teórica, o Doutor Wilhelm Conrad Roentgen , descobriu os raios X, em Wurzburg (Alemanha) , a partir de experiências com ampolas de Hittorf (Johann Wilhelm Hittorf - físico alemão) e Crookes( William Crookes- físico e químico inglês). Ao anoitecer do dia 8 de novembro de 1895, Roentgen escolheu um dos tubos Hittorf- Crookes de que dispunha em uma estante de seu laboratório, recobriu-o, com cuidado, usando uma cartolina preta , escureceu totalmente o laboratório e ligou o tubo aos eletrodos da bobina de Ruhmkorff. Ao passar a corrente de alta tensão através do tubo, verificou que nenhuma luz visível atravessara a cartolina preta que o revestia. Preparava-se para interromper a corrente de alta tensão quando percebeu que, a cerca de 1 metro do tubo, havia uma luz fraca. Sem entender o que se passava, Roentgen acendeu um fósforo e, com surpresa, verificou que a forma da misteriosa luz era um pequeno écran de platinocianeto de bário deixado sobre um banco. Roentgen sabia que a luz do écran não provinha dos raios catódicos e que pela distância , seria ela algum tipo de radiação. Sem saber qual a radiação, deu-lhe o nome de raios X.

Wilhelm Conrad Röntgen (1845--1923)

Wilhelm Conrad Röntgen (1845--1923)
Em 22 de dezembro de 1895, Roentgen fez a primeira radiografia da História, de uma das mãos de Anna Bertga Ludwig Roentgen, sua mulher (cerca de 15 minutos de exposição).

Fig-1.2 Primeira radiografia da História (uma das mãos de Anna Bertha Ludwig Roentgen)

Fig-1.2 Primeira radiografia da História (uma das mãos de Anna Bertha Ludwig Roentgen)
Primeira radiografia da História (uma das mãos de Anna Bertha Ludwig Roentgen)
Em 23 de janeiro de 1896, Roentgen proferiu a primeira e única conferência científica a respeito de sua descoberta, na Sociedade Físico- Médica de Wurzburg. Nessa conferência, fez a radiografia da mão do anatomista Albert von Koelliker. Em 1901, recebeu o prêmio Nobel de Física pela descoberta. Os instrumentos reunidos por Roentgen e pelos primeiros eletrorradiologistas (operadores de raios x) resultaram em uma cadeia emissora de raios X de baixo rendimento (1 a 2mA), fazendo com que a radiografia da mão necessitasse de vários minutos de exposição, e a do crânio, cerca de 1 hora. Adaptação da descoberta de Roentgen para fins médicos foi feita por eletrorradiologistas e engenheiros.


Ambrose e Hounsfield, em 1972 apresentaram um novo método de utilização da radiação para medir descontinuidade de densidades, obtendo imagens, inicialmente do cérebro, com finalidades diagnósticas. Nesse método cujo desenvolvimento transcorria há 10 anos, seriam feitas diversas medidas de transmissão dos fótons de raios X , em multiplos ângulos e, a partir desses valores, os coeficientes de absorção pelos diversos tecidos seriam calculados pelo computador e apresentados em uma tela como pontos luminosos, variando do branco ao preto, com tonalidades internediárias de cinza. Os pontos formariam uma imagem correspondende á seção axial do cérebro, que poderia ser estudada ou fotografada para avaliação posterior. Hounsfield acreditava que um feixe de raios X continha mais informações do que aquela que seria possivel capturar com o filme, e pensou que um computador talves pudesse ajudar a obtê-las.
A Tomografia Computadorizada médica começa a desenvolver-se nos anos de 1960, de forma lenta, por falta de apoio matemático. A mais prematura demonstração foi feita pelo neurologista William Oldendorf, que, em 1961, construiu manualmente um sistema de construção de uma seção transversal de um objeto constituído de argolas de ferro e aluminio. Embora inventivo, o estudo experimental usou um método considerado tosco de uma retroprojeção simples. O invento resultante, patenteado, era considerado impraticável porque necessitava de extensa análise.
A contribuição matemática fundamental para o problema da reconstrução foi feita em 1963 e 1964, por Allan Cormack, físico e matemático. Ele estudava a distribuição dos coeficientes de atenuação do corpo para que o tratamento por radioterapia pudesse ser bem direcionado para tumor-alvo. Além disso, também estava desenvolvendo um algoritmo matemático para reconstrução trimensional da distribuição da concentração de radionuclídeos a partir dos dados coletados de um equipamento de "câmara- pósitron", desenvolvido em 1962.
Nesse momento surge a figura de Hounsfield (Fig- 2.5). Engenheiro, experiente com radares, particularmente interessado em computadores, e com total liberdade da EMI para realizar suas pesquisas, foi o criador do primeiro computador totalmente transistorizado da Inglaterra. E já tinha idéias de estudar o interior de objetos tridimensionais a partir da rconstrução obtida pela absorção heterogênea de radiação pelos diferentes componentes. Criou o protótipo e inicialmente, usou uma fonte de amerício- 241, emissora de raios gama. O tempo de aquisição da imagem foi de 9 dias, e o computador levou 150 minutos para processar uma simples imagem. A seguir, Hounsfield (Fig-2.6) adquiriu um tubo e uma gerador de raios X, provavelmente porque os raios X tinham suas propriedades bem conhecidas, sendo uma fonte confiável de informação. Assim, o tempo de aquisição das imagens foi reduzido para 9 horas.


Protótipo de Hounsfield

Protótipo de Hounsfield
Protótipo de Hounsfield

Desenho esquemátizado do protótipo de Hounsfield pode ser visto na figura anterior, situado na pare

Desenho esquemátizado do protótipo de Hounsfield pode ser visto na figura anterior, situado na pare
Desenho esquemátizado do protótipo de Hounsfield pode ser visto na figura anterior, situado na parede atrás dele.
Após várias imagens experimentais com peças e animais, foi feita a primeira imagem diagnóstica, em uma paciente, selecionada pelo Drº Ambrose, com suspeita de tumor, no lobo frontal esquerdo, ainda não confirmado, a imagem obtida, mostrando a lesão causou euforia em Hounsfield e na equipe. Essas primeiras imagens foram monstradas no Congresso Anual do British Institute of Radiology, em 20 de abril de 1972. As reações foram de empolgação. Curiosamente, Hounsfield havia mostrado imagens seccionais de peças de cadáveres e de animais no congresso europeu realizado em Amsterdã no ano anterior, sem despertar nenhum interesse. A comunidade médica ali reunida não precebeu nem teve noção da revolução que se aproximava.
Em 1973, após 18 meses de uso do primeiro equipamento construído com finalidade clínica, Hounsfield e Ambrose apresentaram os resultados e sua experiência em artigos publicados.
O primeiro tomógrafo do Brasil foi instalado em São Paulo, no Hospital da Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficiência, em 1977. Logo depois, o primeiro aparelho do Rio de Janeiro iniciou funcionamento, em 28 de julho de 1977, na Santa Casa da Misericórdia. A tecnologia não parou de evoluir, criando os aparelhos chamados de segunda, terceira e quarta gerações, os modelos helicoidais, cada vez mais rápidos, com imagem mais refinada, tempo de realização do exame mais curto e custo de produção menor, reduzindo acentuadamente os preços dos equipamentos e dos exames. Atualmente já existem, na prática médica , os tomógrafos multidetectores de 64,128 e 320 canais, o que transformou o estudo cardíaco pela radiologia. Esses exames fazem os exames em apnéia de aproximadamente 6 segundos. Surgindo em um momento no qual se pensava que a tomografia computadorizada não tinha mais pra onde evoluir, a aquisição volumétrica foi patenteada em 1976 e, em junho de 1980, imagens tridimensionais com resolução de 1.200x1.200 pixels foram obtidas e exibidas quase em tempo real.

Site da Conter

kit

Abdome


                                   

ANATOMIA RADIOGRÁFICA

Radiografia do Abdome




Este capítulo discute a anatomia e o posicionamento das
radiografias que, algumas vezes, são denominadas radiografias
"simples" do abdome. A mais comum é a AP do abdome em
decúbito dorsal. Essas radiografias são feitas sem injeção de
contraste.As radiografias simples do abdome são geralmente
feitas antes da realização de exames abdominais utilizando
contraste a fim de descartar determinadas patologias.
Rotina para abdome agudo: Certas situações agudas ou de
emergência do abdome pode ser decorrente de condições tais
como obstrução intestinal, perfurações com a presença de ar
intraperitoneal livre (ar fora do trato digestivo), líquido excessivo
no abdome ou uma possível massa intra-abdominal. Essas
condições agudas ou de emergência exigem o que é comumente
denominada “rotina para abdome agudo", na qual são feitas
radiografias abdominais em posições diferentes para mostrar
níveis hidroaéreos e/ou ar livre na cavidade abdominal. A radiografia
do abdome exige conhecimento da anatomia e das relações de
órgãos e estruturas na cavidade abdome inopélvica.



MÚSCULOS ABDOMINAIS
Muitos músculos estão associados à cavidade abdomino pélvica.
Os três músculos mais importantes na radiografia do abdome são
o diafragma e o psoas maior direito e o esquerdo.O diafragma é um
músculo em forma de guarda-chuva que separa a cavidade abdominal
da cavidade torácica. O diafragma precisa permanecer totalmente
imóvel durante a radiografiatanto do abdome quanto do tórax.
O movimento do diafragma do paciente pode ser interrompi¬do
fornecendo-se instruções respiratórias apropriadas.Os dois
músculos psoas maiores estão localizados de cada lado da coluna
vertebral. As bordas laterais desses dois músculos devem estar
visíveis como uma imagem tênue na radiografia diagnóstica do
abdome de um paciente de tamanho pequeno a médio quando são
utilizados fatores de exposição corretos (ver setas, Fig. 3.1).

Sistemas de Órgãos Abdominais
Os vários sistemas orgânicos encontrados na cavidade
abdominopélvica são apresentados sucintamente neste capítulo.
Cada um desses sis¬temas é descrito com maiores detalhes em
capítulos posteriores dedicados especificamente a cada um deles.

SISTEMA DIGESTIVO
O sistema digestivo juntamente com seus órgãos acessórios, o
fígado, a vesícula biliar e o pâncreas, preenchem grande parte
da cavidade abdominal. O pâncreas está localizado posteriormente
ao estômago e não é bem visualizado nesse desenho.
O baço (parte do sistema linfático) também é parcialmente visível
na parte superior esquerda do abdome, posterior ao estômago. Os
seis órgãos do sistema digestivo estão dispostos como se segue:
1. Cavidade oral
2. Faringe
3. Esôfago
4. Estômago
5. Intestino delgado 6. Intestino grosso

Cavidade Oral, Faringe e Esôfago A cavidade oral (boca) e a faringe (via aérea
superior) são comuns aos sistemas respiratório e digestivo, como descrito no Capo
2. O esôfago está localizado no mediastino (cavidade torácica).



ABDOME
Estômago e Intestinos Delgado e Grosso. Os três órgãos
digestivos dentro da cavidade abdominal são o estômago e
os intestinos delgado e grosso.
Estômago
O estômago é o primeiro órgão do sistema digestivo localizado
na cavidade abdominal. O estômago é um reservatório expansível
para os ali¬mentos e líquidos ingeridos. Seu tamanho e forma são
muito variáveis, dependendo do volume de seu conteúdo
e do biotipo do indivíduo. Gastão é um prefixo comum para
estômago (a palavra grega gaster significa estômago).
Assim, o termo trato ou sistema gastro intestinal (CI) descreve
todo o sistema digestivo, começando com o estômago e es¬tendendo-se
através dos intestinos delgado e grosso.


Intestino delgado
O intestino delgado segue a partir do estômago como uma estrutura
convoluta tubular,longa, com cerca de 4,5 a 5,5 metros de
comprimento. As três partes do intestino delgado são indicadas como
se segue nas Figs. 3.4 e 3.5:A. Duodeno B. Jejuno C. íleo
Duodeno (A): O duodeno é a primeira porção do intestino delgado
e a mais curta, porém, dos três segmentos, é a de maior diâmetro.
Possuem cerca de 25 cm de comprimento (10 polegadas). Quando
preenchido com contraste, o duodeno se assemelha à letra C.
A porção proximal ao duodeno é denominada bulbo duodenal.
Seu formato é característico, geralmente mais bem observado
em estudos baritados do trato gastrointestinal superior. Os ductos
do fígado, da vesícula biliar e do pâncreas drenam para o duodeno.
Jejuno e íleo (8 e C): O restante do intestino delgado encontra-se
nas porções abdominais central e inferior. Os primeiros dois quintos
que se seguem ao duodeno são denominados jejuno, e os três quintos
distais são chamados de íleo. O orifício (válvula) entre a porção
distal do íleo e o ceco (intestino grosso) é denominado válvula ileocecal.
Radiografia do estômago e do intestino delgado (Fig. 3.5)
Raramente se vê ar preenchendo todo o estômago ou o intestino delgado¬
do em uma radiografia simples do abdome de um adulto saudável e d
e ambulando. Essa radiografia mostra o estômago, o intestino delgado
e o intestino grosso proximal, porque estão preenchidos com sulfato de
bário radiopaco. Observe o bulbo duodenal e as alças convolutas longas
das três partes identificadas do intestino delgado localizadas nas
porções abdominais média e inferior.



Intestino grosso
O sexto e último órgão da digestão é o intestino grosso, que
começa no quadrante inferior direito na junção com o intestino
delgado, na válvula ileocecal. Essa porção do intestino grosso, abaixo
da válvula ileocecal, semelhante a um saco, é denominada ceco.
O apêndice (apêndice vermiforme) está fixado à face póstero-medial
do ceco.A porção vertical do intestino grosso acima do ceco é o cólon
ascendente, que se une ao cólon transverso na flexura cólica
(referente a cólon) direita. O cólon transverso junta-se ao cólon
descendente na flexura cólica esquerda. Nomes alternativos secundários
para as duas flexuras cólicas são flexuras hepática e esplênica, baseados
na sua proximidade do fígado e do baço, respectivamente.
O cólon descendente segue em forma de S como o cólon sigmóide, na
parte inferior esquerda do abdome. Os últimos 15 cm (6 polegadas) do
intestino grosso correspondem ao reto. O reto termina no ânus, um
esfíncter muscular na abertura terminal do intestino grosso.Como será
visto em desenhos de biotipos, a forma e a localização do intestino
grosso variam bastante no abdome com o cólon transverso localizado
em posição alta, em tipos hiperestênicos (largos), e baixa em tipos
hipostênicos e astênicos (magros).
Isso é mostrado nos Caps. 14 e 15 dos sistemas GI superior e inferior.


ÓRGÃOS ACESSÓRIOS DA DIGESTÃO
São três os órgãos acessórios da digestão, também localizados na
cavidade abdominal: (1) pâncreas, (2) fígado e (3) vesícula biliar.



Pâncreas O pâncreas, que não é visto numa radiografia simples
do abdome, é uma glândula alongada localizada posteriormente ao
estômago e próxima da parede abdominal posterior, entre o duodeno
e o baço. Seu comprimento médio é de cerca de 12,5 cm
(6 polegadas). Sua cabeça está aninhada na alça em C do duodeno,
e o corpo e a cauda do pâncreas estendem-se para a parte
superior esquerda do abdome. Algumas vezes, essa relação entre
o duodeno e a cabeça do pâncreas é denominada "o romance do
abdome".O pâncreas é parte do sistema de secreção endócrino
(interno), além de fazer parte do sistema exócrino (externo).
A porção endócrina do pâncreas produz determinados hormônios
essenciais, como a insulina, que auxilia no controle do
nível de açúcar no sangue do corpo. Produz, como parte de suas
funções exócrinas, um grande volume de sucos digestivos
(até 1.500 ml diariamente), que passam para o duodeno através
de um dueto pancreático principal quando necessários para
a digestão.
Fígado O fígado é o maior órgão sólido no corpo, ocupando a
maior parte do quadrante superior direito. Uma de suas
numerosas funções é a produção da bile, que auxilia na digestão
de gorduras. Se a bile não for necessária para a digestão, ela
é armazenada e concentrada para uso futuro na vesícula biliar.
Vesícula Biliar A vesícula biliar é um saco piriforme localizado
sob o fígado. As funções básicas da vesícula biliar são
armazenar e concentrar bile e, quando estimulada por um
determinado hormônio, contrair-se e libera-la. Na maioria dos
casos, a vesícula biliar não pode ser visualizada com técnicas
radiográficas convencionais sem o auxílio de contrastes.



BAÇO
O baço não está diretamente associado ao sistema digestivo,
por fazer parte do sistema linfático, que, juntamente com o
coração e os vasos sangüíneos, é parte do sistema circulatório.
Entretanto, é um órgão abdominal importante e ocupa um
espaço posterior e à esquerda do estômago no quadrante
superior esquerdo.O baço pode ser visualizado como uma
imagem tênue em radiografias simples do abdome, particularmente
se estiver aumentado. Trata¬se de um órgão frágil e, algumas
vezes, é lacerado durante trauma da porção inferior esquerda
posterior da caixa torácica.

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (Te) –
IMAGENS TRANSVERSAIS
As imagens transversais (axiais) de TC em vários níveis do
abdome mostram as relações anatômicas dos órgãos digestivos
e seus órgãos acessórios, bem como o baço.A Fig. 3.8 mostra
um corte do abdome superior ao nível de T1 O ou TIl (vértebras
torácicas 10 ou 11) logo abaixo do diafragma. Observe o tamanho
proporcionalmente maior do fígado nesse nível do abdome
superior direito, e um corte transversal desde o estômago até
a porção esquerda do fígado. O baço é mostrado claramente
posterior ao estômago no abdome superior esquerdo.
A Fig. 3.9 mostra um corte transversal um pouco mais abaixo,
através do terço superior do abdome ao nível de L 1 ou L2
(vértebras lombares 1 ou 2). O pâncreas é visto agora adjacente
à porção da alça duodenal posterior à parte distal do estômago. Observe o nível hidroaéreo no estômago com a mistura líquida concentrada de bário (branca) na parte posterior do estômago. A porção do estômago escura preenchida de ar está acima (anteriormente), indicando que o paciente estava em decúbito dorsal quando
essa TC foi feita.
Uma pequena parte inferior do baço é vista na região posterior esquerda do abdome logo lateralmente ao rim esquerdo. Os grandes vasos sangüíneos do abdome, a veia cava inferior e a aorta são vistos claramente.
Observação: Não se sabe por que nesse exame pelo menos a parte superior do rim direito não está visível nesse nível. É possível que nesse paciente esteja numa posição incomumente baixa.



Sistema Urinário
o sistema urinário é também um importante sistema abdominal e é
apresentado neste capítulo.
O sistema urinário é composto do seguinte:
Dois rins
Dois ureteres
Uma bexiga
Uma uretra
Cada rim drena através do seu próprio ureter para uma bexiga única.
A bexiga, situada acima e atrás da sínfise púbica, armazena urina. Sob
controle voluntário, a urina armazenada é excretada através da uretra.
As duas glândulas adrenais do sistema endócrino estão localizadas na
porção súpero-medial de cada rim. Os rins, em formato de feijão, estão
localizados de cada lado da coluna vertebral lombar. O rim direito
geral¬mente está localizado um pouco mais abaixo que o esquerdo, devido
à presença do fígado à direita.
Os resíduos e o excesso de água são eliminados do sangue pelos rins
e são transportados através dos ureteres para a bexiga.


UROGRAFIA EXCRETORA OU INTRAVENOSA
O contorno renal é visibilizade na radiografia simples do abdome devi¬do à
cápsula gordurosa que envolve cada rim. O exame contrastado mostrado na
Fig. 3.11 é uma urografia excretora ou intravenosa, que é um exame
radiográfico do sistema urinário, no qual o contraste é injetado por via
intravenosa. Durante esse exame, o parênquima e o sistema excretorsão
visualizados graças ao contraste que foi filtrado do fluxo sangüíneo pelos
rins. Os órgãos indicados são (A) rim esquerdo, (8) ureter proximal
esquerdo, (C) porção distal do ureter esquerdo antes de esvaziar para
a bexiga e (D) área da glândula adrenal direita, logo acima do rim direito.
Observação: O termo pielografia intravenosa (PIV) foi utilizado com
freqüência no passado para designar esse exame. Entretanto, esse não
é um termo preciso para esse exame, porque pie/o- refere-se à pelve renal,
e a urografia excretora ou intravenosa inclui um estudo de todo o trato
urinário, que inclui todo o sistema coletar. (Os termos urografia excretora
ou urografia intravenosa são aceitos e corretos, mas urografia intravenosa
é o termo mais comumente usado.)



Imagem em Corte Transversal de Tomografia Computadorizada
Essa imagem de Te em corte transversal (Fig. 3.12) pode parecer
confusa à primeira vista, com as numerosas imagens pequenas de
formas diferentes visualizadas em corte transversal. Entretanto,
quando se estuda a relação entre essas estruturas e se imagina
um fino "corte" através do nível (aproximado) de L2-L3 nas
Figs. 3.10 e 3.7, deve-se ser capaz de identificar cada uma das
estruturas indicadas na Fig. 3.12. Veja quantas dessas estruturas
(A-J) você consegue identificar sem olhar as respostas abaixo.
A. Lobo inferior do fígado
B. Cólon ascendente
C. Rim direito
D. Ureter direito
E. Músculo psoas maior direito
F. Vértebra L2-L3
G. Rim esquerdo
H. Ureter esquerdo
I. Cólon descendente
J. Alças do intestino delgado Gejun)
Os dois maiores vasos sangüíneos do abdome são também
vistos: K é a aorta abdominal maior, e L, a veia cava inferior.




Cavidade Abdominal


Quatro termos importantes descrevem a anatomia da cavidade
abdominal mostrados nesses desenhos e descritos adiante:
1. Peritônio
2. Mesentério
3. O mento
4. Mesocólon

PERITÔNIO
A maioria das estruturas e órgãos abdominais, assim como as
paredes das cavidades abdominais entre as quais eles estão
contidos, é recoberta em graus variáveis por uma grande
membrana serosa, de parede dupla e saculiforme denominada
peritônio. Na verdade, a área total da superfície do peritônio é
quase  igual à área de superfície total da pele que recobre todo
o corpo.Um corte transversal bem simplificado da cavidade
abdominal é mostrado na Fig. 3.13. Existem dois tipos de
peritônio: o parietal e o visceral. O peritônio de camada dupla
aderente à parede da cavidade é denominado peritônio parietal,
e a porção que recobre um órgão é chamada peritônio visceral.
O espaço ou a cavidade entre as porções parietal e visceral do
peritônio é chamado de cavidade perítoneal. Essa é, na verdade,
uma cavidade potencial, porque normalmente está preenchida
com vários órgãos. Se todas as alças do intestino e os outros
órgãos da cavidade abdominal fossem incluídos no desenho,
pouco espaço verdadeiro restaria na cavidade peritoneal. Essa
cavidade contém algum líquido seroso de natureza lubrificante,
que permite que os órgãos se movam uns contra os outros sem
atrito. Um acúmulo anormal desse líquido seroso constitui uma
condição chamada ascite. (Veja indicações patológicas, p. 107.)
Observe que uma camada do peritônio visceral cobre apenas
parcialmente certos órgãos que estão fixados mais próximos à
parede abdominal posterior (Fig. 3.13). Nesse nível, os cólons
ascendente e descendente, a aorta e a veia cava inferior são
apenas parcialmente recobertos, portanto esse revestimento
não seria considerado mesentério e essas estruturas e órgãos s
são chamados retroperitoneais, como descrito na página seguinte.



MESENTÉRIO
O peritônio forma grandes pregas que ligam os órgãos abdominais
uns aos outros e às paredes do abdome. Vasos sangüíneos e
linfáticos e os nervos que suprem esses órgãos abdominais estão
contidos nessas pregas do peritônio. Uma dessas pregas duplas
que sustenta o intestino delgado é chamada de mesentério.
Mesentério é a prega dupla do peritônio que se estende
anteriormente a partir da parede abdominal posterior envolvendo
completamente uma alça do intestino delgado. O termo específico
para a prega dupla do peritônio que conecta frouxa¬mente o intestino
delgado à parede abdominal posterior é mesentério (Fig. 3.14).
OMENTO
Um tipo específico de dobra dupla peritoneal que se estende do estômago para outro órgão é chamado de ementa (Fig. 3.14). O ementa menor se estende superiormente desde a pequena curvatura do estômago até porções do fígado. O ementa maior conecta o cólon tranverso à grande curvatura do estômago inferiormente. O omito maior encobre o intestino delgado e então se dobra de novo sobre si mesmo para formar um avental ao longo da parede abdominal anterior.
Se o abdome for penetrado através da parede anterior média, a primeira estrutura encontrada sob o peritônio parietal seria o omito maior. Quantidades variáveis de gordura estão depositadas no omito maior, que serve como uma camada isolante entre a cavidade abdominal e o exterior. Isso, algumas vezes, é chamado de "avental de gordura" por causa de sua localização e da quantidade de gordura contida nele (Fig. 3.15).
MESOCÓLON
O peritônio que fixa o cólon à parede abdominal posterior é o mesocólon. Existem quatro tipos de mesocólon, de acordo com a porção do cólon à qual ele está ligado: ascendente, transverso, descendente, e sigmóide ou pélvico. O mesocólon transverso é mostrado na Fig. 3.1 5 como aquele peritônio visceral que conecta frouxamente o cólon trans¬verso à parede abdominal posterior.



BOLSA OMENTAL E CAVIDADE PERITONEAL
O desenho na Fig. 3.16 mostra as duas partes da cavidade
peritoneal. A porção maior da cavidade peritoneal é chamada
comumente cavidade. A porção menor da cavidade peritoneal
posterior superior localizada posterior ao estômago é chamada
de bolsa o mental.A Fig. 3.16 mostra novamente o mesentério
conectando uma alça do intestino delgado (íleo) à parede
abdominal posterior. Um desenho completo de um abdome
normal teria, claro, muitas alças do intestino delgado conectadas
à parede posterior pelo mesentério.
Pregas mesentéricas das quais outros órgãos abdominais
estão suspensos usam o prefixo mesa-, tal como o mesocólon
transverso, outra vez mostrado conectando o cólon tranverso
à parede abdominal posterior.


ÓRGÃOS RETROPERITONEAIS E INFRAPERITONEAIS
OS órgãos mostrados na Fig. 3.17 são considerados
retroperitoneais (retro- significando para trás ou atrás de)
ou infraperitoneais (infrosignificando sob ou abaixo de).
Órgãos Retroperitoneais As estruturas fixadas próximas à
parede abdominal posterior que são retroperitoneais
(ver Fig. 3.17) são os rins e ureteres, as glândulas adrenais,
o pâncreas, o duodeno, os cólons ascendente e descendente,
a porção superior do reto, a aorta abdominal e a veia cava
inferior.Lembre-se de que essas estruturas retroperitoneais
são menos móveis e se movimentam menos dentro do abdome
do que outros órgãos intraperitoneais. A Fig. 3.16 mostra,
por exemplo, que o estômago, o intestino delgado e o cólon
transverso estão fixados frouxamente à parede abdominal
por alças longas de diferentes tipos de peritônio e assim
mudam ou variam muito em suas posições no abdome em
comparação com as estruturas retroperitoneais ou infraperitoneais.
(Essa é uma consideração importante no posicionamento GI.)
Órgãos Pélvicos Infraperitoneais Localizados sob ou abaixo do
peritônio na pelve verdadeira estão a porção inferior do reto, a
bexiga e os órgãos reprodutores.
CONTEÚDO PERITONEAL MASCULINO VERSUS FEMININO
Existe uma diferença significativa entre o conteúdo peritoneal masculino e o feminino.
A porção inferior do peritônio é um saco fechado no homem, mas não na mulher. No homem, o saco peritoneal inferior está situado sobre a bexiga, separando totalmente os órgãos reprodutores daqueles existentes na cavidade peritoneal. Na mulher, entretanto, o útero, as tubas uterinas (de Falópio) e os ovários passam  diretamente para dentro da cavidade peritoneal. (Ver Fig. 3.16.)
ÓRGÃOS IINTRA" PERITONEAIS
OS órgãos contidos na cavidade peritoneal que são parcial ou completa¬mente recobertos por algum tipo de peritônio visceral, mas não são retro- ou
infraperitoneais, podem ser chamados de "intra" peritoneais. Eles foram removidos do desenho da Fig. 3.17. Esses órgãos são o fígado, a vesícula biliar, o baço, o estômago, o jejuno, o íleo, o ceco e os cólons transverso e sigmóide.




SUMÁRIO DOS ORGÃOS ABDOMINAIS EM RELAÇÃO À CAVIDADE PEITORAL
Órgãos infraperitoneais               Órgãos retroperitoneais              Órgãos infraperitoneais (pélvicos)
Fígado  Rins       Reto inferior
Vesícula biliar    Ureteres             Bexiga urinária
Baço      Glândulas adrenais         Órgãos reprodutores Homem - saco fechado Mulher saco aberto (oútero, as tubas uterinas e os ovários seestendem para a cavidade peritoneal)
Estômago           Pâncreas            
Estômago           Duodeno           
íleo        Cólons ascendente descendente Reto
superior Grandes vasos sangüíneos abdominais (aorta e veia cava inferior)      
Ceco                    
Colon transverso                           
Cólon sigmóide                               


Quadrantes e Regiões
Para ajudar a descrever as localizações dos vários órgãos ou de outras estruturas dentro da cavidade abdomino pélvica,
o abdome pode ser dividido em quatro quadrantes ou em nove regiões.
QUATRO QUADRANTES ABDOMINAIS
Se dois planos perpendiculares imaginários (em ângulos retos) atravessassem o abdome no umbigo, eles dividiriam o abdome
em quatro quadrantes. Um plano seria transversal ao abdome no nível do umbigo, que na maioria das pessoas está ao nível
do disco intervertebral entre L4 e L5 (quarta e quinta vértebras lombares),
que nas mulheres coincide aproximadamente com as cristas
ilíacas.O plano vertical coincidiria com o plano mediossagital ou
linha média do abdome e atravessaria o umbigo e a sínfise púbica.
Esses dois pIa¬nos dividiriam a cavidade abdominopélvica em quatro
quadrantes: quadrante superior direito (QSD), quadrante superior
esquerdo (QSE), quadrante inferior direito (QID) e quadrante inferior
esquerdo (QIE).Observação: O sistema de quatro quadrantes é mais
freqüentemente usado para a localização radiográfica de um órgão
específico, ou para descrever a localização de dor abdominal ou de outros sintomas.

QUADRO DE SUMÁRIO ANATÔMICO – QUATRO Q UADRANTES ABDOMINAIS
Q SD              Q S E      Q ID       Q I E
Fígado  Baço      Cólon ascendente          Cólon descendente
Vesícula biliar Flexura    Estômago           Apêndice (vermiforme Cólon sigmóide 2/3 do jejuno
cólica (hepática)              Flexura cólica (hepática)              Ceco  2/3 do íleo Válvula ileocecal          
direita   Esquerda                           
Duodeno            Cauda do pâncreas                       
Cabeça do pâncreas       Rim esquerdo                  
Rim direito Glândula adrenal direita       Glândula adrenal esquerda                       
*Localização dos quadrantes das estruturas e órgãos (localização primária em um adulto médio).
NOVE REGiÕES ABDOMINAIS
A cavidade abdominopélvica também pode ser dividida em nove
regiões utilizando dois planos horizontais ou transversais e dois planos ver¬ticais. Os dois planos transversais horizontais são o plano
transpilórico e o plano transtubercular. Os dois planos verticais
são os planos lateral direito e esquerdo (Fig. 3.20).O plano transpilórico está no nível da borda inferior de L 1
(primeira vértebra lombar), e o plano transtubercular está no nível
de L5 (a quinta vértebra lombar). Os planos laterais direito e
esquerdo são paralelos ao plano mediossagital e estão localizados
a meio caminho entre ele e cada espinha ilíaca ântero-superior
(ElAS).Nomes das Regiões Os nomes dessas nove regiões são
identifica¬dos abaixo. Os técnicos em radiologia devem estar
familiarizados com as localizações e os nomes dessas nove
regiões. Entretanto, geralmente localizar a maioria das estruturas
e órgãos dentro do sistema de quatro quadrantes é suficiente,
devido às variáveis que afetam as localizações específicas de
órgãos, tais como biotipo, posição do corpo e idade (ver os
esboços dos órgãos na Fig. 3.20 para as localizações gerais
dos órgãos nessas nove regiões).
1. Hipocôndrio direito

2. Epigástrio
3. Hipocôndrio esquerdo
4. Flanco (lombar) direito
5. Umbilical
6. Flanco (lombar) esquerdo
7. Inguinal (ilíaca) direita
8. Púbica (hipogástrica)

9. Inguinal (ilíaca) esquerda







Marcos Topográficos
As bordas e órgãos abdominais não são visíveis do exterior, e, como esses órgãos de tecidos moles não podem ser palpados diretamente, deter¬minados marcos ósseos são usados para esse fim.
Observação: Lembrar que a palpação tem de ser feita delicadamente, porque o paciente pode apresentar áreas doloridas ou sensíveis no
abdome e na pelve. Certifique-se, também, de que
o paciente esteja informado sobre o propósito dessa palpação antes de inicia-la.

SETE MARCOS DO ABDOME
Os sete marcos palpáveis descritos a seguir são importantes no posicionamento do abdome ou para a localização de órgãos no abdome. Pra¬tique encontrar esses marcos ósseos em si mesmo antes de tentar localiza-los em outra pessoa ou em um paciente pela primeira vez. O posicionamento para radiografias abdominais nas incidências AP ou PA exige a localização rápida, porém precisa,
desses marcos em todos os tipos de pacientes, tanto nos magros como nos gordos ou musculosos, que exigirão uma palpação mais firme.
1)- Ponta do processo xifóide (nível de T9-TTO): A ponta do pro¬cesso xifóide é a porção mais distal ou inferior do esterno. Este pode ser mais bem palpado comprimindo-se primeiro delicadamente
o abdome, de consistência mole, abaixo da porção distal do esterno, e movendo¬se depois a mão para cima cuidadosamente contra a margem distal firme do processo xifóide. Esse marco corresponde
aproximadamente à porção ântero-superiar do diafragma, que também é a margem superior do abdome. Esse, entretanto, não é um marco
primário para posicionamento do abdome devido a variações dos biotipos e à importância de incluir todo o abdome inferior na maioria das radiografias (filmes) do abdome.2)- Margem costal inferior (nível de L2-L3): Esse marco é usado para
localizar a vesícula biliar, o estômago e outros órgãos abdominais.3)- Crista ilíaca (nível do espaço invertebral L4-LS): A crista ilíaca é a porção mais alta da borda curva do ílio. A crista ilíaca pode ser facilmente palpada pressionando-se para dentro e para baixo ao longo da margem médio-lateral do abdome. A porção mais superior dessa crista é o marco abdominal usado mais comumente e corresponde aproximadamente ao nível da porção média do abdome, que também estáno nível do umbigo ou um pouco abaixo deste na maioria das pessoas. Se o centro do filme estiver centralizado nesse nível, a área inferior do abdome geralmente será incluída na margem inferior da radiografia (do filme).
Observação: Assegurar que toda a parte superior do abdome, incluindo o diafragma, está incluída na radiografia exige centralização de 5 cm (2 polegadas) acima do nível da crista na maioria dos pacientes, o que então geralmente cortará parte da importante área inferior do ab¬dome. Isso então exigiria uma segunda radiografia centralizada mais baixa para incluir essa região inferior.4)- Espinha ilíaca ântero-superior (ElAS): A ElAS pode ser encontrada por localização da crista ilíaca, depois palpando-se anterior e inferiormente até ser percebida uma projeção ou saliência (mais proeminente nas mulheres). Esse é um marco comumente usado para
posicionamento de estruturas pélvicas e vertebrais, mas também pode ser um  marco secundário para posicionamento geral do abdome.
5)- Trocanter maior: Esse marco é palpado mais facilmente em pa¬cientes magros. Geralmente é necessária uma palpação delicada, mas muito firme, para se perceber o movimento do trocanter com uma mão enquanto com a outra mão se roda a perna para dentro e para fora na área do joelho. Esse não é um marco tão preciso quanto os outros marcos ósseos da pelve, porém a margem superior do trocanter geralmente situa-se um pouco acima, 3 a 4 cm (1 1/2 polegada), do nível da sínfise púbica. Com a prática, esse também pode ser usado como um marco secundário para posicionamento do abdome.
6)- Sínfise púbica: A sínfise púbica é a junção (articulação) anterior dos dois ossos pélvicos. A porção mais ântero-superior do púbis pode ser palpada quando o paciente está em decúbito dorsal. Esse marco corresponde à margem inferior do abdome. Entretanto, apalpação dessa área pode ser constrangedora para alguns pacientes. Portanto, com a prática, o nível da sínfise púbica ou a margem inferior do abdome é identificável através da palpação do trocanter maior, ou em referência à crista ilíaca como estando no nível do centro do filme ou da radiografia. Isso então coloca a margem inferior da radiografia na sínfise púbica.






Essas podem ser usadas para deter¬minar a margem inferior em uma incidência PA do abdome com o pa¬ciente em decúbito ventral. Essas duas proeminências ósseas, que podem ser mais facilmente palpadas em pacientes magros, sustentam a maior parte do peso do tronco quando a pessoa está sentada. As margens inferiores das tuberosidades isquiáticas estão cerca de 1 a 4 cm (1 1/2 polegada) abaixo ou distais à sínfise púbica. Esse marco pode ser usado para posicionamento de uma incidência PA do cólon quando é necessário incluir a área reta I na radiografia. Isso, entretanto, também pode ser desconfortável e constrangedor para o paciente, e outros marcos podem e devem ser usados, quando possível.


POSICIONAMENTO RADIOGRÁFICO
Preparo do pacienteO preparo do paciente para radiografia abdominal inclui a remoção de toda a sua roupa e de quaisquer objetos opacos
na área a ser radiografada. O paciente deve vestir um roupão do hospital com a abertura e laços nas costas, se esse tipo de roupão for usado. Sapatos e meias podem permanecer nos pés. Geralmente não são necessárias instruções pré-exame, a menos que estudos baritados estejam agendados também.Colocar o paciente o mais confortável possível sobre a mesa de exame radiográfico. Um travesseiro sob a cabeça e apoio sob os joelhos aumentarão o conforto do paciente quando se radiografa o abdome em decúbito dorsal. Coloque um lençol limpo sobre a mesa e cubra as per¬nas do paciente para mantê-las aquecidas e preservar sua privacidade.Um dos fatores básicos na boa radiografia abdominal é a ausência de movimento. O movimento pode ser voluntário (p. ex.,
respiração) ou involuntário (p. ex., ação peristáltica do intestino). A diferença entre esses dois tipos de movimentos é ilustrada no Capo 1. Entretanto, o mais importante na prevenção de qualquer movimento potencial na radiografia abdominal é empregar o menor tempo de exposição possível.Uma segunda forma de evitar o movimento voluntário é pelo fornecimento de instruções respiratórias cuidadosas ao paciente. A maio¬ria das radiografias abdominais é feita em expiração: o paciente é instruído a "inspirar profundamente - expirar totalmente e prender - não respirar". Antes de radiografar, assegure-se de que o paciente está se¬guindo as instruções e que foi permitido tempo suficiente para a cessação de todos os movimentos respiratórios.
As radiografias do abdome são expostas em expiração, com o diafragma em uma posição superior para visualizar melhor as estruturas ab-dominais.
Os marcadores de filme, tais como informações de identificação do pa¬ciente, devem ser claros e legíveis. Marcadores D e E corretamente posicionados e marcadores de "este lado para cima" tais como pequenas setas nos marcadores da posição ortostática ou decúbito são usadas para incidências na posição ortostática ou de decúbito e não devem estar superpostas às estruturas abdominais.

Proteção Contra Radiação
Boas práticas de proteção contra radiação são especialmente importantes na radiografia abdominal devido à proximidade das gônadas radiossensíveis.Repetição de exposições: O posicionamento cuidadoso e a seleção de fatores de exposição corretos são formas de reduzir exposições desnecessárias por repetição de exames. O cumprimento cuidadoso das instruções respiratórias também ajuda a evitar repetições resultantes do movimento causado pela respiração durante a exposição.
Colímação: Para as radiografias do abdome em pacientes peque¬nos, alguma colimação lateral à borda da pele é possível se não excluir detalhes da anatomia abdominal.
Colimação no topo e na base para adultos deve ser ajustada direta¬mente às margens da radiografia ou do porta-filme, permitindo divergência do feixe de raios X. A anatomia essencial será excluída em adultos grandes se forem mostradas margens de colimação adicionais nas bordas superior e inferior de uma imagem abdominal típica de 35 x 43 cm (14 x 17 polegadas
).Proteção gonada
/: Para radiografias abdominais, as proteções go-nadais devem ser usadas para homens, com a borda superior do protetor cuidadosamente colocada na sínfise púbica (Fig. 3.24). Em mulheres, as proteções gonadais podem ser usadas apenas quando não encobrirem a anatomia essencial na região abdominopélvica inferior. Geralmente, a decisão de proteger as gônadas femininas em radiografias do abdome deve ser tomada por um médico para determinar se a anatomia essencial será encoberta. O topo do protetor ovariano deve estar ao nível das ElAS ou um pouco acima dessas e na borda inferior na sínfise púbica.
Proteção para gravidez: Ver o Capo 1, p. 60, que descreve a regra dos 10 dias ou a regra da DUM (data da última menstruação), relacionada à proteção no caso de uma possível gravidez precoce no caso de radiografias abdominais ou pélvicas.
Fatores de Exposição
Os principais fatores de exposição para radiografias abdominais são os seguintes:
1. kVp média (70-80)

2. Pequeno tempo de exposição

3. mAs adequado para densidade suficiente
As radiografias abdominais corretamente expostas num paciente de porte médio devem permitir a visualização tênue das bordas laterais dos músculos psoas, da margem inferior do fígado, dos contornos renais e dos processos transversos das vértebras lombares. Isso exige contraste moderado utilizando exposição com kVp média para permitir a visualização de várias estruturas abdominais, incluindo possíveis pequenos cálculos sem i opacos na vesícula biliar ou nos rins.
Aplicações Pediátricas
A rotina para abdome agudo solicitada por pediatras geralmente inclui somente uma incidência em decúbito dorsal e uma incidência com feixe horizontal para mostrar níveis hidroaéreos. No caso de crianças com menos de 2 ou 3 anos de idade, o decúbito lateral pode ser difícil de se obter, e dá-se preferência a uma radiografia (AP) de abdome, com o paciente ereto, usando um equipamento de imobilização (p. ex., Piggo-stat). (Ver Cap. 20.)
A prevenção de movimento é da maior importância em pediatria, e o menor tempo de exposição, além de um filme e telas de maior velo¬cidade, são essenciais. Crianças com menos de 12 ou 13 anos de ida¬de exigem uma redução significativa no kVp e mAs. Fatores técnicos confirmados para crianças de vários tamanhos e idades devem sempre estar disponíveis para o equipamento a ser usado, a fim de minimizar repetições por erros de exposições.


Patologia Demonstrada
Patologia do abdome, incluindo obstrução do intestino, neoplasias,
calcificações, ascite e radiografia de base para estudos
contrastados do abdome.

Radiografia Simples de Abdome
Abdome
BÁSICA
AP em decúbito dorsal
Fatores Técnicos
Tamanho do filme - 35 x 43 cm de comprimento
(14 x17 polegadas), sentido longitudinal
Grade móvel ou estacionária
Faixa de 70-80 kVp
Técnica e dose:
”Modelo" de paciente pequeno
Paciente maior,mais próximo da média





Proteção
Usar proteção gonadal em homens (também em mulheres em idade
fértil, apenas se essa proteção não encobrir a anatomia essencial
conforme determinado pelo médico).
Posição do Paciente
Decúbito dorsal com plano mediossagital centralizado na linha
média da mesa e/ou do chassi.
Braços colocados ao lado do paciente, afastados do corpo.
Pernas esticadas com apoio sob os joelhos, se for mais confortável.
Posição da Parte
Centro do filme ao nível das cristas ilíacas, com a margem inferior
na sínfisepúbica (ver Observações)
Sem rotação da pelve ou dos ombros (verificar se ambas as ElAS
estão eqüidistantes do topo da mesa)

Raio Central
RC perpendicular ao centro do filme e direcionado para este
(ao nível da cristailíaca)
DfoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)
Colimação Colimar rigorosamente os lados nas margens
cutânease no topo e na base nas bordas do filme.
Respiração Exposição feita ao final da expiração. (Permitir
cerca de 1 segundo de atraso depois da expiração para que
cessem os movimentos involuntários do intestino.)
Observações: Um paciente alto hipostênico ou astênico pode
necessitar de duas radiografias em sentido longitudinal; uma,
centralizada em posição mais baixa para incluir a sínfise púbica,
e a segunda centralizada mais alto para incluir a parte superior
do abdome e o diafragma.Urn paciente largo hiperestênico
pode necessitar de duas radiografias em posição transversa,
uma centralizada em posição mais baixa para incluir a sínfise
púbica e a segunda para a parte superior do abdome, com uma
sobreposição de no mínimo 3-5 cm (1 a 2 polegadas).
Critérios Radiográficos
Estruturas Mostradas: . Contorno do fígado, baço, rins e estômago cheio de ar e segmentos do intestino e o arco da sínfise púbica para a região da bexiga,
Posição: Sem rotação: asas ilíacas, forames obturadores (se visíveis) e espinhas isquiáticas simétricas, e margens externas da costela inferior à mesma distância da coluna vertebral (alongamento da asa ilíaca indica rotação naquela direção).
Colimação e RM: Colimação nas bordas para as margens do filme no topo e abaixo para prevenir o corte de anatomia essencial
Centrar a radiografia no nível da crista ilíaca. (Ver observação sobre possíveis dois filmes.)
Critérios de Exposição:Sem movimento: Costelas e todas as margens das bolhas de gás aparecem nítidas. Exposição suficiente (mAs) e contraste de longa escala (kVp) visualizam os contornos dos músculos psoas, processos transversais lombares e costelas. As margens do fígado e rins devem estar visíveis nos pacientes de porte pequeno a médio.



INCIDENCIA PA- DECUBITO VENTRAL: ABDOME
Patologia Demonstrada
Patologia do abdome, incluindo obstrução intestinal, neoplasias,
calcificações, ascite e radiografia de base para estudos de
contraste do abdome.
Observação: Essa incidência é menos desejável que a AP
se os rins são de interesse primário devido a aumento da DOF.
Abdome
ESPECIAIS
PA em decúbito ventral . Decúbito lateral (AP)
AP ortostática
Decúbito dorsal (lat.)
lateral
Fatores Técnicos
Tamanho do filme - 35 x 43 cm
(14 x 17 polegadas), em sentido longitudinal
Grade móvel ou estacionária
Faixa de 70 - 80 kVp
Técnica e dose: em kVp mAs C



Proteção
Usar proteção gonadal em homens (também em mulheres
em idade fértil, apenas se essa proteção não encobrir a
anatomia
essencial conforme determinado pelo médico).
Posição do Paciente
Decúbito ventral com o plano mediossagital do corpo
centralizado na linha média da mesa e/ou do filme.
Pernas esticadas com apoio sob os tornozelos.
Braços para cima ao lado da cabeça; fornecer um
travesseiro limpo.
Posição da Parte
Ausência de rotação da pelve ou dos ombros e tórax .
Centro do filme na crista ilíaca
Raio Central
RC perpendicular ao centro do filme e direcionado para este
(ao nível da crista ilíaca)
DfoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)
Colimação: Colimar rigorosamente todos os lados nas margens
cutâneas e no topo e na base nas bordas do filme.
Respiração Exposição feita ao final da expiração.
Observação: Os pacientes altos, do tipo astênico, podem
exigir dois filmes em sentido longitudinal: os largos, do tipo
hiperestênico, podem exigir dois filmes colocados trans
verbalmente.


Critérios Radiográficos
Estruturas Mostradas: . Contorno do fígado, baço, rins e
estômago cheio de ar e segmentos do estômago e o arco da
sínfise púbica para a região da bexiga.
Posição: . Sem rotação: As asas ilíacas aparecem simetricamente,
e junções sacroilíacas e margens externas da costela inferior
(se visível) devem estar na mesma distância da espinha.
Colimação e RC: . Bordas da colimação para as margens do
filme no topo e na base para prevenir o corte da anatomia essencial.
Centro do filme ao nível da crista ilíaca (ver Observação sobre a
possibilidade de duas imagens).
Critérios de Exposição: . Sem movimento: As costelas e todas
as margens das bolhas de gás aparecem nítidas' Exposição
(mAs) e contraste de longa escala (kVp) são suficientes para
visualizar os contornos dos músculos psoas, processos
transversais lombares e costelas' As margens do fígado e rins
devem estar visíveis em pacientes de porte pequeno ou médio.




INCIDENCIA AP – POSIÇÃO ORTOSTÁTICA: ABDOME

Fatores Técnicos
Tamanho do filme - 35 x 43 cm (14 x 17 polegadas),em sentido longitudinal
Grade móvel ou estacionária (usar marcadores de posição ortostática.
Faixa de 70-80 kVp . Técnica e dose:

Patologia Demonstrada
São demonstradas massas anormais, níveis hidroaéreos e acúmulos de ar
intraperitoneal anormais sob o diafragma são demonstrados.
Tire a radiografia ortostática primeiro se o pa¬ciente chega de ambulando
ou numa cadeira de ro¬das em posição ereta.

Abdome
ESPECIAIS
PA em decúbito ventral
Decúbito lateral (AP)
AP ortostática
Decúbito dorsal (Iat)
Lateral
Marcador Incluir marcador ortostática no filme.



Proteção
Utilizar proteção gonadal em homens. Pode ser usado um escudo móvel
livre ajustável, conforme empregado em radiografias de tórax.

Posição do Paciente
De pé, pernas um pouco afastadas, dorso contra a mesa ou grade
(ver a Observação sobre pacientes fracos ou instáveis).
Braços ao lado e afastados do corpo.
Plano mediossagital do corpo centralizado na linha média da mesa
ou Bucky ortostático.

Respiração A exposição deve ser feita ao final da expiração.

Posição da Parte
Não rode a pelve ou os ombros.
Ajustar a altura do filme para que o centro deste esteja a cerca de 2 polegadas
(5 cm) acima da crista ilíaca (para incluir o diafragma), que, para um paciente de
porte médio, vai estar situado no topo do filme aproximadamente ao nível da axila.


Raio Central
RC horizontal, no centro do filme
DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)
Colimação Colimar cuidadosamente todos os quatro lados; NÃO corte o
ab¬dome superior
Observação: O paciente deve permanecer em posição ortostática durante
pelo menos 5 minutos, mas 10 a 20 minutos são preferíveis, se possível,
antes da exposição para visualização de pequenos volumes de ar
intraperitoneal. Se o paciente estiver muito fraco para manter uma posição
ortostática, deve ser feita uma incidência em decúbito lateral.
Critérios de Exposição: . Sem movimento: Costelas e todas as bolhas de
gás com margens nítidas. Exposição suficiente para visualizar a coluna
vertebral e costelas e os tecidos moles, mas não para expor demais possível
ar intraperitoneal no abdome superior. Dá-se preferência a densidade global
ligeiramente menor do que a radiografia de abdome em decúbito dorsal.
Critérios Radiográficos
Estruturas Mostradas: . Estômago e alças do intestino preenchidos por ar e níveis hidroaéreos onde presentes. Deve incluir os dois hemidiafragmas e o máximo possível do abdome inferior. Pequenas bolhas de ar intraperitoneal livres em forma de crescente vistas, se presentes, sob o hemidiagragma direito, distantes de gases no estômago (setas pretas pequenas)
Posição: . Sem rotação: As asas ilíacas aparecem simétricas, e as margens externas da costela estão à mesma distância da coluna vertebral. A coluna vertebral deve estar reta (exceto se houver escoliose), alinhada ao centro do filme.
Colimação e RC: . Bordas colimadas para margens superior e inferior do filme para prevenir corte da anatomia essencial. RC cerca de 5 cm (2 polegadas) acima do nível da crista ilíaca